RELATO DE CASO DE IMPLANTE DE MARCAPASSO EM PACIENTE COM DRENAGEM ANÔMALA DE VEIA CAVA SUPERIOR
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2023v4i11.117Palavras-chave:
PERSISTÊNCIA DA VEIA CAVA SUPERIOR ESQUERDA, MARCA-PASSO ARTIFICIAL, SEDAÇÃO CONSCIENTEResumo
Justificativa e objetivo: A persistência da veia cava superior esquerda (PVCSE) é uma anomalia remanescente embriológica rara. Majoritariamente coexistem ambas as veias cavas superiores, porém se houver Agenesia de Veia Cava Superior Direita (AVCSD) a drenagem venosa para o coração será feita ao átrio direito, através do seio coronário. Geralmente assintomática, essa malformação pode ser detectada quando os pacientes são submetidos à procedimentos que envolvem a veia cava superior. Esse é o relato de um caso de um paciente portador de PVCSE e AVCSD submetido a um implante de marcapasso definitivo com maiores dificuldades técnicas decorrente da não preparação para alteração anatômica. Relato do caso: Paciente masculino, 65 anos, coronariopata, 5 anos antes submetido a revascularização miocárdica, portador de Bloqueio atrioventricular (BAV) de 1º grau. Admitido para implante de marcapasso cardíaco definitivo. Deu entrada no centro cirúrgico e recebeu monitorização, punção venosa com cateter 20 G, sendo iniciada sedoanalgesia com fentanil e propofol. Realizada punção venosa em veia subclávia direita, porém ao verificar posição do fio guia foi visualizado trajeto ventricular anômalo. Após múltiplas tentativas de reposicionamento o trajeto intraventricular anômalo persistiu. Durante a manipulação o paciente apresentou extrassístoles supraventriculares e aumento da demanda de sedativos. Ao revisitar exames préoperatórios, encontrou-se angiotomografia de artérias coronárias com laudo de “provável AVCSD e PVCSE com drenagem anômala para o seio venoso coronariano”. Tendo em mente o diagnóstico, reiniciaram o procedimento e reposicionaram os dois eletrodos conforme testes de estímulo.