Hemodiálise e seu financiamento no Brasil

Resumo

Introdução: A Doença Renal Crônica é definida como a perda progressiva e irreversível das funções renais. Dados estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), publicados em 2023, mostraram que até o ano de 2022 haviam mais de 150 mil pacientes em tratamento dialítico no Brasil. Apesar da relevância, o financiamento insuficiente da Terapia Renal Substitutiva (TRS) tem gerado desafios crescentes para garantir um atendimento adequado aos pacientes renais crônicos, especialmente diante do aumento da demanda e da complexidade do tratamento. Objetivo: Este relato busca evidenciar os impactos do subfinanciamento na prática clínica e a vivência na Fundação James Fanstone, destacando iniciativas que podem contribuir para o fortalecimento do sistema e mostrar investimentos estaduais e municipais como soluções potenciais para melhorar a assistência à saúde renal. Metodologia: Relato de experiência baseado nas vivências durante o rodízio de Nefrologia na Fundação James Fanstone em Anápolis e nos ambulatórios da especialidade, realizadas durante a residência de Clínica Médica. Resultados: O diagnóstico da Doença Renal Crônica pode ser feito a partir de exames de rotina em pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Logo após, em conjunto com o nefrologista é definido tipo de tratamento, tipo de acesso vascular e solicitação de vaga nas clínicas municipais de diálise. Contudo, o investimento da tabela do SUS não cobre todas as despesas gerada pela TRS. Atualmente, alguns estados brasileiros auxiliam com verbas para complementar o financiamento das hemodiálises, o que trouxe grandes benefícios aos pacientes. Conclusão: É preciso aumentar os investimentos nas sessões e clínicas de hemodiálise no país, com o objetivo de melhorar a assistência ao doente renal crônico e aumentar sua qualidade e expectativa de vida.