Ressonância magnética no diagnóstico da adenomiose
uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2025v6i16.169Palavras-chave:
Adenomiose, Diagnóstico por imagem, Ginecologia, Ressonância magnética, Zona juncionalResumo
A adenomiose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença ectópica de tecido endometrial no miométrio uterino, podendo se apresentar nas formas focal ou difusa. Esta revisão narrativa teve como objetivo avaliar o papel da ressonância magnética (RM) no diagnóstico e manejo clínico da adenomiose. Foram analisados estudos publicados entre 2005 e 2025 nas bases PubMed, Scopus, Google Scholar e Lilacs, abordando a aplicação da RM na identificação da adenomiose. A RM destaca-se como uma técnica não invasiva com alta sensibilidade e especificidade, superando a ultrassonografia transvaginal (USG-TV), especialmente em casos inconclusivos. A principal característica diagnóstica é o espessamento da zona juncional uterina (>12 mm), embora outros achados, como pequenos cistos, estrias hipointensas em T2 e focos hemorrágicos em T1, também sejam relevantes. Diferentes subtipos da doença, como adenomiose focal, difusa, adenomioma e adenomiose cística, podem ser diferenciados por meio da RM. Além disso, a técnica permite avaliação das estruturas pélvicas adjacentes e exclusão de diagnósticos diferenciais como leiomiomas e tumores endometriais. Apesar de seu alto custo, a RM é recomendada como exame de segunda linha, conforme diretrizes da Sociedade Europeia de Radiologia Urogenital (ESUR), especialmente em casos de endometriose e investigação de doenças pélvicas complexas. Conclui-se que a RM é uma ferramenta essencial para o diagnóstico acurado e o planejamento terapêutico da adenomiose.
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