Epidemiologia das fraturas do fêmur proximal no Brasil
análise regional da incidência, mortalidade intra-hospitalar e tempo médio de internação
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2025v6i17.179Palavras-chave:
Brasil, Epidemiologia, Fraturas do fêmur proximal, Mortalidade, Saúde pública, Tempo de internaçãoResumo
Introdução: As fraturas do fêmur proximal representam um grave problema de saúde pública, especialmente entre a população idosa, devido à sua alta morbimortalidade e impacto socioeconômico. No Brasil, um país de dimensões continentais e grande diversidade demográfica, a análise epidemiológica regional é fundamental para o planejamento de políticas de saúde eficazes. Objetivo: Analisar a incidência, a mortalidade intra-hospitalar e o tempo médio de internação por fraturas do fêmur proximal no estado de Goiás, Brasil, no período de 2014 a 2024, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Estudo ecológico descritivo, com dados secundários do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), referentes ao procedimento de tratamento cirúrgico de fratura/lesão proximal do fêmur (código 0408050489) em Goiás. Foram analisadas as variáveis: Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, óbitos, taxa de mortalidade e tempo médio de permanência, com estratificação por município. Resultados: No período de 10 anos, foram registradas 4.158 internações por fraturas do fêmur proximal em Goiás, com 100 óbitos intra-hospitalares, resultando em uma taxa de mortalidade geral de 2,41% e um tempo médio de permanência de 6,5 dias. Observou-se uma grande concentração de casos na capital, Goiânia (70,3% do total), que, no entanto, apresentou uma taxa de mortalidade (2,26%) inferior à média dos demais municípios (2,76%). Municípios de menor porte, como Jaraguá, apresentaram taxas de mortalidade notavelmente elevadas (7,69%), enquanto outros, como Paraúna, registraram tempos de internação atipicamente longos (32 dias), embora com baixo número de casos. Conclusão: Os dados revelam uma heterogeneidade significativa na distribuição e no manejo das fraturas de fêmur proximal em Goiás, com uma forte centralização do atendimento na capital. As disparidades nas taxas de mortalidade e no tempo de internação entre os municípios sugerem a necessidade de investigar os fatores associados a esses desfechos e de fortalecer a rede de assistência ortopédica no interior do estado.
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