PRÉ-ECLÃMPSIA GRAVE
ASPECTOS ASSISTENCIAIS DA URGÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2020v1i02.24Palavras-chave:
PRÉ-ECLÂMPSIA, GRAVE, RASTREIOResumo
Introdução: Pré-eclâmpsia (PE) é definida como o aparecimento, após a vigésima semana de gestação, de hipertensão arterial sistêmica (Pressão Arterial Sistólica – PAS - maior ou igual a 140 mmHg ou a Diastólica – PAD - maior ou igual a 90 mmHg aferidas em duas ocasiões com 4 horas de intervalo) associada a proteinúria diária superior a 300 miligramas (mg). A gravidade deste quadro envolve falência de diversos órgãos associado a pico pressórico podendo ocasionar efeitos deletérios de múltiplos sistemas, principalmente o vascular, o renal, o hepático e o cerebral. Objetivo: Estabelecer o perfil clínico e epidemiológico de gestantes portadoras de pré-eclâmpsia grave. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo analítico com pacientes atendidas na emergência de janeiro a junho de 2017, no total de 12.712. Sendo selecionadas aquelas com idade gestacional maior que 20 semanas, apresentando crise hipertensiva no momento da internação no HMDI totalizando 81 pacientes. Resultados: Este grupo limitou-se ao estudo de gestantes que apresentam apenas a pré-eclâmpsia grave. O número de gestações deste grupo foi de multíparas com 58% e de primíparas de 32%. Em relação a idade gestacional foram selecionadas mulheres acima de 20 semanas. Em relação ao uso de medicação prévia domiciliar 59% não utilizaram nenhuma medicação. Em relação ao quadro clínico 60% não apresentava sinais iminentes para a pré-eclâmpsia. A interrupção de gravidez foi prescrita em 51% das pacientes, sendo a 68% por parto cesáreo. Não realizaram o sulfato em 84% das pacientes e naquelas que ficaram internada também não realizou em 78% das pacientes. Conclusão: A frequência de eclampsia iminente dentro de um grupo de pacientes com pré-eclâmpsia grave foi de 39,5%. A frequência do uso de sulfato em pacientes com pré-eclâmpsia grave apresentados neste estudo foi de 16%. A via de parto preferencial foi a cesariana com 68% e a taxa de letalidade fetal foi de 5%.