NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA COM POSSÍVEL METÁSTASE PLEURAL
UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2020v1i02.p%25pPalavras-chave:
METÁSTASE PLEURAL, NEOPLASIA MALIGNA, CÂNCER DE MAMA, PLEURODESE, DERRAME PLEURAL MALIGNOResumo
Introdução: Em pacientes com diagnóstico de câncer de mama, as metástases distantes ocorrem principalmente no cérebro, nos pulmões, no fígado e nos ossos. Com relação aos casos de metástase pulmonar, derrames pleurais neoplásicos são comuns e estão associados a um pior prognóstico2,3, sendo que para o diagnóstico utiliza-se a análise do líquido pleural, além dos resultados de biópsia da pleura parietal. O diagnóstico e tratamento precoce do derrame pleural maligno são essenciais para promover uma melhor qualidade de vida aos pacientes com câncer avançado. Relato de caso: paciente, do sexo feminino, 52 anos, com diagnóstico de neoplasia maligna da mama diagnóstico em 2004. Submetida a tratamento cirúrgico e quimioterápico do tumor. Evoluiu com derrame pleural recidivante secundário a provável metástase pleural, que interferia na qualidade de vida da paciente. Realizado toracocentese de alívio e diagnóstica num primeiro momento com evidência de boa expansibilidade pulmonar ao raios-x de tórax de controle após o procedimento. Diante disso, optado por realizar pleuroscopia videotoracoscópica, pleurodese com talco estéril, biópsia pleural e toracoscopia com drenagem pleural fechada em selo d’água. Paciente evoluiu bem no pós-operatório e apresentou excelente resultado após o procedimento. Discussão: O derrame pleural por malignidade metastática, causa comprometimento importante da função respiratória, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes, em decorrência de sintomas extenuantes como dispneia, dor torácica, anorexia e perda de peso. Embora a cura não seja possível, o tratamento paliativo realizado com sucesso, como no caso apresentado acima, permite meses a anos de vida produtiva, evitando a necessidade de hospitalização e toracocenteses de repetição.