PERFIL DOS RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS A CIRURGIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.35Palavras-chave:
RECÉM-NASCIDO, UTI NEONATAL, CIRURGIASResumo
INTRODUÇÃO: As melhorias nos resultados cirúrgicos pediátricos são em parte atribuíveis aos grandes avanços à melhor compreensão da fisiologia neonatal, anestesia pediátrica especializada, cuidados intensivos neonatais, incluindo suporte cardiopulmonar sofisticado, utilização de nutrição parenteral e ajustes no gerenciamento de fluidos, refinamento da técnica cirúrgica e avanços na tecnologia cirúrgica, incluindo opções minimamente invasiva, o que fez diminuir ainda mais a mortalidade operatória em neonatos. OBJETIVO: Analisar o perfil dos pacientes submetidos a cirurgia em unidade de terapia intensiva neonatal. MÉTODO: Estudo transversal retrospectivo analítico com levantamento de todos os casos de cirurgias realizados em recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI). RESULTADOS: Foram analisados 523 prontuários que correspondem à quantidade de pacientes internados na UTI Neonatal do HMDI no ano de 2018 e 2019 e desses 78 foram submetidos a algum tipo de cirurgia correspondendo a 14,9% dos RN. O perfil destes pacientes é de idade gestacional entre 33 a <37 semanas 31(40%), com peso >2500g 35(45%), sexo masculino 45(58%), nascidos por cesárea 49(63%), sem complicações póscirúrgica 41(53%). O tipo de cirúrgica predominante foi a toracostomia com dreno 21 (27%) seguido pela gastroquise 11(14%). Na comparação entre idade gestacional e tipo de cirurgia encontrou-se: < 28 semanas a toracostomia com dreno, 29 a < 32 semanas a toracostomia com dreno e a herniorrafia, 33 a < 37 semanas a gastrosquise, > 38 semanas a toracostomia com dreno. A principal complicação encontrada foi a sepse 17(42%) e o óbito 16 (40%). Vale destacar que houve uma maior ocorrência de óbitos em RN com idade gestacional < 28 semanas 8(50%). Dos pacientes que realizaram cirurgia 20,5% morreram. CONCLUSÕES: O perfil dos pacientes submetidos a cirurgia em UTI neonatal foi de RN do sexo masculino, idade gestacional entre 33 a <37 semanas, com peso >2500g, nascidos por cesárea e sem complicações pós-cirúrgica. A taxa de cirurgias realizadas na UTI neonatal foi de 14,9%. A principal complicação encontrada foi a sepse 42%. Índice de óbito no pós-cirúrgico foi de 20,5%.