ACRETISMO PLACENTÁRIO
CESÁREA – HISTERECTOMIA UMA SERIE DE CASOS
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.42Palavras-chave:
ACRETISMO PLACENTÁRIO, CESARIANA, HISTERECTOMIAResumo
Introdução: Acretismo é a implantação da placenta anormal na parede uterina, é classificada segundo o grau de profundidade. A incidência de acretismo aumentou no mundo todo em paralelo ao aumento de cesáreas, ocorrendo 1 caso para cada 533 partos. Objetivo: Avaliar a intervenção cirúrgica cesárea/histerectomia (placenta in loco) como resolução saudável binômio materno-fetal. Método: Série de casos. Discussão: A melhor proposta terapêutica nos casos de acretismo é o planejamento de parto cesárea seguido de histerectomia total abdominal (HTA). O tratamento conservador (manutenção do útero deixando a placenta in situ) pela elevada morbi-mortalidade associada deve ser encarado de forma excepcional. Os perfis das pacientes dos casos se enquadram nos fatores de risco citados nos estudos. Todos os casos possuíam cesárea anterior e diagnóstica de placenta prévia; média de idade: 36,8 anos (32-41 anos); média de paridade (gesta): 2,8 (G4-G2). Desta forma, vamos ao encontro com o que a literatura cita como os principais fatores de risco. O caso 2 foi programado parto cesariano e HTA. Porém, durante cesárea preservou o útero e evoluiu para choque hemorrágico após 4 horas do término do procedimento, sendo necessário HTA em 2º tempo. Nos casos 1, 3 e 4 foi planejado parto cesárea e HTA, sem intercorrências. Em todos os casos o tratamento final evoluiu com histerectomia, indo ao encontro da literatura como melhor terapêutica. Considerações finais: Uma boa conduta diante do acretismo com diagnóstico prévio através USG e Doppler, planejamento de parto em centro de referência (reserva de hemoconcentrados e UTI) com equipe experiente e multidisciplinar tem o poder de mudar o prognóstico.