PAPEL DA ECOCARDIOGRAFIA TRANSESOFÁGICA NO INTRAOPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA COMPLEXA
RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v2i04.49Palavras-chave:
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS CARDÍACOS, REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA, IMPLANTE DE PRÓTESE DE VALVA CARDÍACA, ECOCARDIOGRAFIA TRANSESOFAGIANA, MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICAResumo
A combinação de cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) e valvar é uma estratégia viável para portadores de ambas comorbidades, evitando múltiplas abordagens e aumentando a sobrevida. Entretanto, esse método está relacionado a maior risco de morbidade e mortalidade pós-operatória. Visando guiar o manejo hemodinâmico de forma mais racional e minimizar evoluções desfavoráveis, o uso da ecocardiografia transesofágica (ETE) intraoperatória emergiu como importante ferramenta na cirurgia cardíaca. O caso é de um paciente do sexo masculino, de 75 anos, com antecedentes de hipertensão arterial, doença aterosclerótica coronariana, cardiopatia valvar mitral e presença de prótese em válvula aórtica foi encaminhado à correção cirúrgica onde optou-se por intervenção em sessão única. A ETE intraoperatória inicial evidenciou a insuficiência mitral importante já vista no pré-operatório, leak paravalvar aórtico no folheto coronariano direito da prótese com calcificação e redução da mobilidade de seus componentes. Procedida retirada de válvula aórtica com implante de bioprótese de longa duração (número 23) e plastia valvar mitral seguidas da CRM – ponte de veia safena para coronária direita. O tempo de CEC foi de 111 minutos e 76 minutos de clampeamento aórtico. Ao final da correção a ETE confirmou a ausência de regurgitação e abertura adequada da válvula mitral (indicando resultado satisfatório da plastia) e ausência de leaks paravalvares importantes na válvula aórtica. O paciente apresentou evolução clínica favorável recebendo alta hospitalar após sete dias do procedimento, com medicação adjunta e orientação para acompanhamento ambulatorial.