OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM GESTAÇÃO NORMAL
UM RELATO DE CASO CLÍNICO
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2024v4i12.123Palavras-chave:
DOENÇAS ÓSSEAS CONGÊNITAS, GRAVIDEZ, OSTEOGÊNESE IMPERFEITA, PRÉ-NATALResumo
O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico do parto de uma paciente com Osteogênese Imperfeita em uma gestação não planejada. A gestação nessas pacientes é associada a complicações maternas e para o feto, uma vez que a presença de mutação autossômica dominante na mãe determina um risco de 50% de presença de OI na prole. Esse é o relato de caso de uma paciente portadora de Osteogênese Imperfeita e gestante, com desfecho positivo materno e fetal, com intuito de discutir possíveis complicações ocasionadas na gestação devido a essa comorbidade, com foco nas recomendações de manejo dessas mulheres. Paciente C.C.V., 25 anos, sexo feminino, portadora de OI, primípara, histórico de multiplas fraturas ósseas, displasia ósseas, esclera azul e endometrioma. Foi admitida em março de 2023 para parto cesáreo, hemodinamicamente estável com exames laboratoriais sem alterações e sorologias negativas, histórico familiar de diabetes, doença cardíaca e glaucoma. Paciente relata gestação inesperada e sem acompanhamento pré natal, o feto não apresentou suspeita de patologia. O parto ocorreu por via cesariana, após o início do trabalho de parto, com anestesia raquidiana em centro cirúrgico e hospital maternidade. O concepto veio à luz saudável, sem intercorrências e é não portador de OI. Esse caso demonstra a importância do acompanhamento multidisciplinar e planejamento para gestações em mulheres com OI, além da importância de amplo conhecimento dos histórico de fraturas prévias da paciente e condições clínicas para que os profissionais obstetras e anestesistas auxiliem na escolha da melhor via de parto, tanto para a saúde da mãe quanto do feto.