CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E OBSTÉTRICA DE MULHERES SUBMETIDAS A CESÁREA INTRAPARTO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE GOIÂNIA

Autores

  • Ana Lydia Melo de Godoy Oliveira Hospital e Maternidade Dona Íris Autor
  • Waldemar Naves do Amaral Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor

DOI:

https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.34

Palavras-chave:

INDICAÇÃO, CESÁREA, INTRAPARTO

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil, assistência ao parto e nascimento é permeado por excessos de intervenções obstétricas e neonatais de forma rotineira e indiscriminada, resultando desfechos perinatais desfavoráveis. A exemplo, a cesariana ou parto obstétrico, considerado um procedimento de intervenção que visa garantir a segurança da mãe e do feto. Consiste em um ato médico cirúrgico, através de incisão da parede abdominal e uterina seguida da retirada do feto e placenta. Entretanto, tem-se observado transformações em termos de objetivos, indicações e complicações. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico de parturientes submetidas a cesárea intraparto. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, exploratório descritivo, retrospectivo e de natureza quantitativa, com coleta secundária de dados. RESULTADOS: Este estudo revelou uma prevalência de mulheres submetidas à cesárea intraparto com média de idade de 24, 1 anos, predominando a faixa etária de 19 a 34 anos, que representa 83,1% da população estudada e uma pequena parcela (12, 4%), possuíram 18 anos ou menos. A maioria eram não brancas (48,7%), com média de 10,2 anos de estudos, sem trabalho formal (76%), de baixa renda (57,3%) e que viviam sem parceiro (76,4%), conforme constava em ficha cadastral e Declaração de Nascido Vivo anexada ao prontuário físico. Vale destacar que 48,3% das mulheres pertenciam às cidades do entorno, haja vista que a maternidade em questão é referência para o Estado de Goiás em assistência materno infantil. Vale destacar que 48,3% das mulheres pertenciam às cidades do entorno, haja vista que a maternidade em questão é referência para o Estado de Goiás em assistência materno infantil. No que tange o perfil obstétrico, a maioria das mulheres estavam entre 37 semanas e 40 semanas e 6 dias, caracterizando gestação a termo. No que tange o perfil obstétrico, a maioria das mulheres estavam entre 37 semanas e 40 semanas e 6 dias, caracterizando gestação a termo. Também, 84 % delas fizeram acompanhamento pré-natal, em que 66,6% frequentou 6 vezes ou mais. Em relação a paridade, notou-se prevalência de primíparas, ou seja, mulheres vivenciando sua primeira gestação. Embora 86,5% das mulheres tenham recebido algum método não farmacológico facilitador do trabalho do trabalho de parto, como banho de imersão em água morna, bola suíça, e liberdade de deambulação, 46,1% foram expostas ao uso de ocitocina endovenosa intraparto. No estudo, 78 (87,6%) dos recém-nascidos nasceram com Apgar de 1º minuto de vida maior ou igual a 7 e 11 (12,4%) Apgar menor que 7. Destaca-se que a maioria das mulheres deste estudo não apresentavam comorbidades, totalizando 71,9% da amostra estudada. CONCLUSÃO: Notou-se uma prevalência de mulheres com idade predominando a faixa etária de 19 a 34 anos, sendo a maioria de raça não branco, com média de 10,2 anos de estudos, sem trabalho formal, de baixa renda e que viviam sem parceiro, podendo concluir que o nível socioeconômico desfavorável, baixa escolaridade e instabilidade conjugal aparecem relacionadas às indicações de cesárea. No que tange o perfil obstétrico, foi possível observar que a maioria encontrava-se em gestação a termo, frequentavam pré natal, não apresentavam comorbidades e que houve maior indicação em primíparas. A prevalência das indicações de cesárea intraparto foi a parada de progressão

Publicado

01-02-2021

Como Citar

Godoy Oliveira, A. L. M. de, & Amaral, W. N. do. (2021). CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E OBSTÉTRICA DE MULHERES SUBMETIDAS A CESÁREA INTRAPARTO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE GOIÂNIA. REVISTA CIENTÍFICA CEREM-GO, 1(03). https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.34