SÍFILIS NA GESTAÇÃO E TRANSMISSÃO VERTICAL

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Autores

  • Mariana Carvalho de Lima Gomes Hospital e Maternidade Dona Íris Autor
  • Waldemar Naves do Amaral Universidade Federal de Goiás (UFG) Autor

DOI:

https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.41

Palavras-chave:

SÍFILIS, GRAVIDEZ, TRANSMISSÃO

Resumo

INTRODUÇÃO: A Sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema Pallidum. Na gestante, se a doença não for diagnosticada e adequadamente tratada, pode chegar até o feto, o contaminando e trazendo repercussões no desenvolvimento fetal. Essa disseminação via hematogênica é chamada de sífilis congênita. A transmissão materno-fetal ocorre com mais frequência com a gestante portadora de sífilis primária e secundária. OBJETIVOS: Identificar a taxa de crescimento de Sífilis no período de 2017 a 2019. MÉTODOS: estudo transversal descritivo retrospectivo RESULTADOS: No presente estudo encontramos 188 pacientes notificadas com sífilis entre os anos de 2017 a 2019, essas pacientes apresentaram idade variando de 15 a 43 anos, com média de 24,6 ± 5,9 anos. O número de casos de Sífilis entre os anos de 2017 a 2019 cresceu 85%. Apesar desse alto crescimento, não foi estatisticamente significativo; p = 0411. No presente estudo, 73,4% das gestantes com sífilis eram da raça parda, 1,6% da raça negra e 7, 4% da raça branca. Das pacientes notificadas, 82,3% residem em zona urbana, 60,6% são solteiras e 47,9% fizeram pré-natal, 34,6% das gestantes notificadas estavam no 3º trimestre. Não houve informação sobre uso de álcool, tabagismo e drogas para serem estudados. Em relação a classificação clínica, 18,6% se encontravam na sífilis primária e 6,9% na sífilis latente. 78,7% das pacientes apresentaram teste treponêmico reagente. 38,3% das gestantes estavam com VDRL ≥ 1/8. O diagnóstico de sífilis congênita foi encontrado em 34,6% dos casos, aborto em 9% dos casos e óbito fetal em 8% de toda a amostra. Sobre o tratamento das gestantes: Penicilina 2,4 milhões em 17,6%, Penicilina 4,8 milhões em 27,1% e Penicilina 7,2 milhões em 12,2%. 7,4% das pacientes receberam outro esquema de tratamento, portanto, considera-se tratamento inadequado. Em relação ao tratamento do parceiro, apenas 12,8% dos parceiros foram comprovadamente tratados. CONCLUSÃO: Das pacientes notificadas no HMDI, a maioria era jovem (média de idade de 24,6 anos), parda, solteira e moradoras de zona urbana.. Em relação ao período da gestação, 17 pacientes estavam no primeiro trimestre, 5 pacientes no segundo trimestre e 65 pacientes no terceiro trimestre. Fizeram pré natal, não havia informação sobre presença ou ausência do pré natal. O número de casos de sífilis entre os anos de 2017 a 2019 cresceu 85%, foram diagnosticados 65 casos de sífilis congênita, 17 casos de aborto e 15 casos de óbito fetal. O tratamento foi realizado em 12,8% dos parceiros, 87,2% das fichas não continham informação sobre tratamento ou não dos parceiros. 107 gestantes receberam tratamento com Penicilina G Benzatina.

Publicado

01-02-2021

Como Citar

Lima Gomes, M. C. de, & Amaral, W. N. do. (2021). SÍFILIS NA GESTAÇÃO E TRANSMISSÃO VERTICAL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO. REVISTA CIENTÍFICA CEREM-GO, 1(03). https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v1i03.41