EDEMA AGUDO DE PULMÃO POR PRESSÃO NEGATIVA PÓS EXTUBAÇÃO EM RINOPLASTIA
RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2023v4i11.113Palavras-chave:
EDEMA PULMONAR, LARINGISMO, RINOPLASTIA, DISPNEIA, OXIGÊNIOResumo
Introdução: O edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) é uma complicação pouco descrita na literatura que possui uma incidência de 0,1% nos pacientes submetidos a anestesia geral, com ocorrência maior em procedimentos otorrinolaringológicos. O edema pulmonar é uma intercorrência que surge pós anestesia com fechamento de glote durante período inspiratório, que reduz significativamente a pressão intratorácica. Relato de caso: Indivíduo submetido a rinoplastia eletiva. No centro cirúrgico apresentando sinais vitais estáveis. Submetida a anestesia geral balanceada: Pré-oxigenação sob máscara facial, foi induzida com dexmedetomidina, sufentanil, cetamina, propofol e atracúrio, feito bloqueio periglótico com ropivacaína e lidocaína. O intraoperatório seguiu sem intercorrências. Ao final do ato cirúrgico, paciente foi extubada em plano devido a início de intenso laringoespasmo e tosse, após extubação a paciente evolui com queda de oximetria (50%), realizada instalação de cânula de guedel e a manobra de Jaw-thurst e com melhora importante da oximetria com oxigênio (O2) suplementar. Discussão: A formação de edema pulmonar não-cardiogênico tem sido observada posteriormente a diversas formas de obstrução das vias aéreas superiores. A frequência está, contudo, na dependência do método cirúrgico e os procedimentos. Em sua grande maioria surge imediatamente após a extubação. O esforço inspiratório vigoroso contra a glote fechada gera pressões negativas no interstício pulmonar, que favorecem a transudação de fluido. A abordagem terapêutica compreende no tratamento da causa com medidas de suporte, permeabilização da via aérea, administração de O2 suplementar por máscara facial, broncodilatadores e, se necessário, ventilação mecânica não-invasiva ou invasiva.