SÍNDROME DE BOERHAAVE

RELATO DE CASO

Autores

  • Marcus Almeida Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Leandro Moura Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Timóteo Veríssimo Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Rodrigo Carvalho Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Guilherme Souza Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Renata Guerra Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Guilherme Arantes Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Leonardo Santos Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Bruno Silva Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor
  • Henrique Lima Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Autor

DOI:

https://doi.org/10.37951/2675-5009.2024v4i12.p%25p

Palavras-chave:

SÍNDROME DE BOERHAAVE, PERFURAÇÃO ESOFÁGICA, MEDIASTINITE

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Boerhaave (SB) é definida como a ruptura espontânea do esôfago, uma condição rara, mas potencialmente fatal com elevado índice de morbimortalidade, constituindo a perfuração mais letal do trato gastrointestinal. RELATO DE CASO: Paciente, masculino, 49 anos, etilista, apresenta quadro de dor torácica de cinco dias de evolução, desencadeados por êmese devido à libação alcoólica. Apresenta-se normotenso, normocárdico, afebril e eupneico. Expansibilidade torácica preservada, enfisema subcutâneo torácico e cervical à esquerda, e redução do murmúrio vesicular ipsilateral. Solicitado Tomografia Computadorizada (TC) de tórax e evidenciado enfisema de partes moles nos espaços cervicais, derrame pleural à esquerda e pneumomediastino. Paciente submetido a esofagostomia cervical em dupla boca, gastrostomia (GTT) convencional, drenagem pleural fechada à esquerda e terapia complementar com vácuo endoscópico. Ocorreu boa evolução pós-operatória com reconstrução do trânsito esofágico na mesma internação. DISCUSSÃO: O diagnóstico da SB representa um verdadeiro desafio, e seu tratamento, seja ele cirúrgico ou não, deve ser instituído imediatamente, visto elevada morbimortalidade. Embora o Tratamento Não Operatório (TNO) seja reservado para pacientes selecionados, existe uma tendência em adotar Tratamento Operatório (TO) agressivo para paciente com diagnóstico tardio, complicações locais ou sistêmicas. Terapias complementares como stent esofágico ou vácuo endoscópico, têm mostrado resultados promissores com menor invasividade e redução da taxa de mortalidade. CONCLUSÃO: A SB deve ser lembrada como diagnóstico diferencial de dor torácica no departamento de emergência. Apesar da escassa casuística, o diagnóstico e tratamento precoces constitui o fator prognóstico de maior relevância.

Publicado

01-02-2024

Como Citar

Almeida, M., Moura, L., Veríssimo, T., Carvalho, R., Souza, G., Guerra, R., Arantes, G., Santos, L., Silva, B., & Lima, H. (2024). SÍNDROME DE BOERHAAVE: RELATO DE CASO. REVISTA CIENTÍFICA CEREM-GO, 4(12). https://doi.org/10.37951/2675-5009.2024v4i12.p%p