Marca-passo sem eletrodos em pacientes com doença renal crônica e hemodiálise
uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2025v5i15.156Palavras-chave:
Marca-passo sem eletrodos, Doença renal crônica, Hemodiálise, Eficácia, SegurançaResumo
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é uma condição de saúde global que afeta aproximadamente 10% da população adulta e está associada a alta morbidade e mortalidade. Portadores de DRC apresentam maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e distúrbios do ritmo cardíaco, com a necessidade da implantação de marca-passo. O marca-passo sem eletrodos tem sido estudado em diversas populações e apresenta vantagens em relação aos dispositivos tradicionais. Entretanto, a eficácia e segurança do uso de marca-passos sem eletrodos nessa população permanecem incertas. Objetivo: Este estudo objetiva mapear a literatura existente acerca do uso do marca-passo sem eletrodos em pacientes com DRC em hemodiálise, abordando aspectos de eficácia, segurança e fatores relacionados à sua adoção na prática clínica. Metodologia: Realizouse uma revisão de escopo, seguindo o protocolo PRISMA. Foram feitas buscas nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Cochrane Library e CINAHL, abrangendo estudos que abordassem marca-passo sem eletrodos, doença renal crônica e hemodiálise. Foram incluídos artigos em inglês, português e espanhol, sem restrição temporal. Resultados: Foram encontrados 230 artigos durante a busca inicial. Após a exclusão de duplicatas, 165 estudos restaram e foram analisados por seus títulos e resumos. Após análise, 25 artigos foram considerados elegíveis para leitura do texto na íntegra e aplicação dos critérios de elegibilidade. Após leitura, 15 estudos foram incluídos nesta revisão. Os tipos de estudo encontrados foram: 7 (46,6%) relatos de caso, 6 (40%) estudos observacionais, 1 (6,6%) comentário editorial e 1 (6,6%) um artigo de revisão. Dentre os estudos, 7 (46,6%) concluíram que o marca-passo sem eletrodo está associado a melhora nos desfechos clínicos quando comparado ao marca-passo transvenoso em pacientes portadores de DRC e em hemodiálise devido à falência de acessos vasculares e pelo maior risco de infecção nesta população. 1 (6,6%) estudo demonstrou a associação do marca-passo sem eletrodos a uma maior taxa de complicações peri e pós-implantação precoce quando comparado ao convencional. Conclusão: Os resultados desta revisão de escopo sugerem que o marca-passo sem eletrodos apresenta-se como uma alternativa eficaz e com maior perfil de segurança a médio e longo prazo quando comparados aos dispositivos convencionais em pacientes com DRC e em hemodiálise. Entretanto, a literatura ainda mostra-se conflitante quanto a segurança no período peri e pós-implantação precoce, sendo necessários estudos futuros para maior compreensão da temática.
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