Enterite por anti inflamatórios não esteroidais: um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2025v6i17.173Palavras-chave:
Antiinflamatório, Colonoscopia, Dor abdominal, Enterite, SubestenosesResumo
Os antiinflamatórios não esteroidais (AINES) estão entre as medicações mais prescritas mundialmente, principalmente para o tratamento de osteoatrites, dor musculoesquelética, artrites reumatóide e outras condições inflamatórias. Eles atuam através da inibição da atividade das enzimas ciclooxigenases (COX), resultando no bloqueio da gênese de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos. Estes bloqueios predispõe o surgimento de efeitos colaterais como, lesões agudas da mucosa gastroduodenal, úlceras, esofagite, enterite, reativação de doenças inflamatórias intestinais, entre outros. Os AINES possuem efeitos deletérios que pode acometer toda a mucosa do trato gastrointestinal. Assim como no estômago, o intestino, principalmente o delgado distal e o colon, é suscetível aos diversos efeitos deletérios dos antiinflamatórios, sendo a região ileocecal a mais comumente atingida, podendo ter a formação de erosões, úlceras, estenoses, perfurações, bem como a formação de diafragmas, que podem levar à obstrução intestinal. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, com 33 anos de idade, que fazia uso crônico e abusivo de AINES, internado para investigação de distensão e dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Durante a investigação, após descartadas as causas mais frequentes destes sintomas, recebeu o diagnóstico de enterite, com formação de subestenoses, devido ao uso abusivo e crônico de AINES. É realizada uma revisão dos aspectos clínicos e diagnósticos da enteropatia induzida pelo AINES.
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