TROMBOSE AÓRTICA E ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA EM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.37951/2675-5009.2021v2i04.47Palavras-chave:
TROMBOSE AÓRTICA, ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA, COVID-19Resumo
INTRODUÇÃO: A COVID-19, doença infectocontagiosa causada pelo vírus Sars-CoV-2, de rápida disseminação representa uma ameaça global contínua. Dentre os acometimentos extrapulmonares associados ao COVID-19, o tromboembolismo arterial e venoso vem ganhando destaque como uma das consequências mais graves e com um prognóstico muito ruim. Os eventos tromboembólicos da macrovasculatura arterial descritos na literatura em associação com a COVID-19 incluem tromboses de aorta torácica, aorta abdominal infra-renal, segmentos aorto-ilíacos e artéria mesentérica superior.RELATO DE CASO: Paciente LRCJ, 41 anos, sexo masculino, portador de Diabetes Melitus não insulino-dependente e Hipertensão Arterial Sistêmica, apresentou exame laboratorial positivo para detecção de Sars-CoV-2 pelo método de PCR viral. Relatou dores abdominais de forte intensidade há 1 dia, associado a quadro de parada da eliminação de flatos e fezes no mesmo período.Tomografia de abdome evidenciou trombo hipodenso em aórta torácica distal e em artéria mesentérica superior. Submetido a laparotomia exploradora com ressecção de 130 cm de intestino delgado isquêmico. No pós operatório evoluiu com instabilidade hemodinâmica, deterioração clínica significativa, Insuficiência Renal Aguda. Apresentou uma Parada Cardiorrespiratória no 16 dia de internação, evoluindo para óbito. DISCUSSÃO: Apesar de ainda carecer de uma investigação mais detalhada, uma possível associação entre a COVID-19 e eventos trombogênicos parecem estar cada vez mais evidentes, o que nos deixa mais atentos às suas repercussões nos pacientes diagnosticados. Portanto, na vigência de COVID-19, as avaliações dos quadros de dores abdominais devem ser minunciosamente investigada, e eventos isquêmicos devem ser considerados.